10 de fevereiro de 2012

Críticos de Sofá

Para muitos é muito fácil decidir porque nunca têm de tomar verdadeiramente decisões: quando se enganam a ler as placas e tomam uma decisão errada lá vem o paizinho buscar o filho e levá-lo para o caminho certo... já a minoria perguntará: "quais placas?"

Nunca é fácil decidir... decidir implica escolher entre várias possibilidades válidas naquele momento... se eu souber que aquela estrada não me leva a lado nenhum é obvio que não vou enveredar por ela... e é nestas alturas que mais precisamos de ajuda e muitas vezes sentimo-nos abandonados à nossa sorte... depois de decidirmos o que pode acontecer é termos de voltar atrás ou sairmos derrotados... ou ainda depararmo-nos com os críticos de sofá!

criticar é sempre muito fácil: quem critica não teve de decidir, não foi obrigado a tomar nenhuma decisão e muito menos sentiu as dificuldades que é escolher entre os diversos caminhos... claro que depois de se saber o resultado de uma das nossas escolhas já sabemos que erramos, não precisamos que nos venham dizer isso... mas há sempre alguém que insiste em assumir o papel desnecessário de crítico em vez de nos ajudar... é no fundo como se caíssemos num buraco e visse alguém dizer-nos "tu não viste aí o buraco? Eu bem te avisei que o caminho tinha buracos!"... e continua para ali a disparar na nossa direção em vez de nos estender a mão para nos ajudar a sair dali...

é sempre fácil ser-se crítico mas nunca é fácil ter de decidir... e criticar é tão mais fácil do que estender a mão e ajudar o outro a levantar... mas o estender a mão é um acto de Amor enorme e a certeza de que aquela mão nos traz conforto e alegria nos momentos que mais precisamos... porquê procurar criar tristeza em vez de criar sorrisos?

2 comentários:

  1. Sinceramente, acho que todos já fizemos/fazemos um bocadinho de "críticos de sofá" não é?
    Pelo prazer de mostrar um "eu tinha razão" ou simplesmente porque temos a estúpida tendência de achar que é um esforço imenso o de "criar sorrisos"... ... ... Mas (tendência parva da minha pessoa), no final de ler pus-me a imaginar uma conversa entre "críticos de sofá", e a verdade é que, se sem preciosismos não tentarmos distinguir entre sorrir e gargalhar, é ilariante perceber que basicamente íam criticar a própria crítica e acabavam a discutir...sei lá... quem se sentou primeiro no sofá!!
    Na minha opinião o segredo é, tatara... levantar-me/nos do sofá!
    Para já, a motivação de quem cria tristezas dá-me força e mais motivação na minha demanda de (tenta e ir conseguindo) criar sorrisos!
    Boa surpresa ;)

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  2. só agora vi o teu comentário... se fosse antes de taize de certeza que teria falado sobre isto contigo em parte na nossa miniconversa ;)

    e podes sempre contar comigo agora para nos fazer levantar do sofá sempre que for preciso ;)

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