16 de fevereiro de 2012

Sentimentos Comerciais

Na terça-feira foi "dia dos namorados": quando tinha 12 anos via os meus colegas oferecerem postais, bilhetes e até flores as raparigas "que amavam"... hoje olho para este dia como um dia em que é suposto surpreender a cara-metade: o normal é irem jantar fora, trocarem prendas espetaculares que procuram demonstrar tudo aquilo que sentem um pelo outro...

e este facto leva-me a pensar qual é a lógica disto: apenas posso expressar os meus sentimentos num dia que alguém decidiu chamar de "dia dos namorados"? Eu acho que não... aliás acho que tudo isto não passa de um dia comercial que permite vender tudo e mais alguma coisa numa altura em que há pouca procura... mas até aqui não há nada de errado pois cada um deve adotar as estratégias comerciais que achar mais correctas... o problema está quando se ouve imensa gente a dizer: "tenho de ir comprar uma prenda para oferecer ao meu namorado no dia dos namorados" ou "no dia dos namorados tenho de ir jantar fora com a minha namorada"

será que é preciso um dia para surpreender aqueles que amamos [e não apenas os namorados(as)]? Tenho de esperar que chegue/criem o dia mundial do abraço ou o dia mundial do sorriso para poder partilhar um abraço ou um sorriso?

O nosso caminho é feito de partilhas... e se eu não partilhar um sorriso ou um abraço, o que vai ficar no outro? "nós não valemos por aquilo que temos nos nossos bolsos... nós valemos por aquilo que deixamos nos bolsos dos outros" (Pe. Nuno Santos)

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